quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Suponha que um Ímpio Vá para o Céu


Por J.C. Ryle
Por um momento, suponha que você, destituído de santidade, tivesse a permissão de entrar no céu. O que você faria ali? Que possíveis alegrias sentiria no céu? A qual de todos os santos você se achegaria e ao lado de quem se assentaria? O prazer deles não é o seu prazer; os gostos deles não são os seus; o caráter deles não é o seu caráter. Como você poderia sentir-se feliz ali, se não havia sido santo na terra?
Talvez agora você aprecie muito a companhia dos levianos e descuidados, dos homens de mentalidade mundana, dos avarentos, dos devassos, dos que buscam prazeres, dos ímpios e dos profanos. Nenhum deles estará no céu.
Provavelmente, você ache que os santos de Deus são muito restritos, sérios e individualistas; e prefere evitá-los. Você não encontra nenhum prazer na companhia deles. Mas não haverá no céu qualquer outra companhia.
Talvez você ache que orar, ler a Bíblia e cantar hinos são realizações monótonas e estúpidas, coisas que devem ser toleradas aqui e agora, mas não desfrutadas. Você reputa o dia de descanso como um fardo, uma fadiga; provavelmente, você não gasta mais do que um pequeníssima parte deste dia na adoração a Deus. Lembre-se, porém, de que o céu é um dia de descanso interminável. Os habitantes do céu não descansam, noite e dia, clamando: “Santo, santo, santo é o Senhor, Deus todo- poderoso” e cantam todo o tempo louvores ao Cordeiro. Como poderia um ímpio encontrar prazer em uma ocupação como esta?
Você acha que um ímpio sentiria deleite em encontrar-se com Davi, Paulo e João, depois de ter gasto a sua vida na prática daquelas coisas que eles condenaram? O ímpio pediria bons conselhos a estes homens e acharia que tem muitas coisas em comum com eles? Acima de tudo, você acha que um ímpio se regozijaria em ver Jesus, o Crucificado, face a face, depois de viver preso nos pecados pelos quais Ele morreu, depois de amar os inimigos de Jesus e desprezar os seus amigos? Um ímpio permaneceria confiantemente diante de Jesus e se uniria ao clamor: “Este é o nosso Deus, em quem esperávamos… na sua salvação exultaremos e nos alegraremos” (Is 25.9)? Ao invés disso, você não acha que a língua de um ímpio se prenderia ao céu de sua boca, sentindo vergonha, e que seu único desejo seria o ser expulso dali? Ele haveria de sentir-se estranho em um lugar que ele não conhecia, seria uma ovelha negra entre o rebanho santo de Jesus. A voz dos querubins e dos serafins, o canto dos anjos e dos arcanjos e a voz de todos os habitantes do céu seria uma linguagem que o ímpio não entenderia. O próprio ar do céu seria um ar que o ímpio não poderia respirar.
Eu não sei o que os outros pensam, mas parece claro, para mim, que o céu seria um lugar miserável para um homem destituído de santidade. Não pode ser de outra maneira. As pessoas podem dizer, de maneira incerta, que “esperam ir para o céu”, mas elas não meditam no que realmente estão dizendo. Temos de ser pessoas que possuem uma mentalidade celestial e têm gostos celestiais, na vida presente; pois, do contrário, jamais nos encontraremos no céu, na vida por vir.
Agora, antes de prosseguir, permita-me falar-lhe algumas palavras de aplicação. Pergunto a cada pessoa que está lendo este artigo: você já é uma pessoa santa? Eu lhe suplico que preste atenção a esta pergunta. Você sabe alguma coisa a respeito da santidade sobre a qual lhe estou falando? Não estou perguntando se você costuma ir regularmente a uma igreja, ou se você já foi batizado, ou se você recebe a Ceia do Senhor, ou se tem o nome de cristão. Estou perguntando algo muito mais significativo do que tudo isso: “Você é santo ou não?”
Não estou perguntando se você aprova a santidade nos outros, se você gosta de ler sobre a vida de pessoas santas, de conversar sobre coisas santas, de ter livros santos em sua mesa, se você sabe o que significa ser santo ou se espera ser santo algum dia. Estou perguntando algo mais elevado: “Você mesmo é um santo ou não?”
E por que eu lhe pergunto com tanta seriedade, insistindo com tanto vigor? Faço isto porque a Bíblia diz: “Segui… a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Está escrito, não é minha imaginação; está escrito, não é minha opinião pessoal; é a Palavra de Deus, e não a do homem: “Segui… a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Que palavras perscrutadoras e separadoras são estas! Que pensamentos surgem em meu coração, enquanto as escrevo! Olho para o mundo e vejo a maior parte das pessoas vivendo na impiedade. Olho para os cristãos professos e percebo que a maioria deles não têm nada do cristianismo, exceto o nome. Volto-me para a Bíblia e ouço o Espírito Santo: “Segui… a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Com certeza, este é um versículo que tem de fazer-nos considerar nossos próprios caminhos e sondar nossos corações; tem de suscitar em nosso íntimo pensamentos solenes e levar-nos à oração.
Você pode menosprezar estas minhas palavras, dizendo que tem muitos sentimentos e pensamentos sobre estas coisas, mais do que muitos podem imaginar. Entretanto, eu lhe respondo: “Isto não é mais importante. As pobres almas no inferno fazem muito mais do que isto. O mais importante não é o que você sente e pensa, e sim o que você faz”.
Você pode argumentar: “Deus nunca tencionou que todos os cristãos fossem santos e que a santidade, conforme a descrevemos, é apenas para os grandes santos e para pessoas de dons incomuns”. Eu respondo: “Não posso encontrar este argumento nas Escrituras; e leio que ‘a si mesmo se purifica todo o que nele [em Cristo] tem esta esperança’” (1 Jo 3.3). “Segui… a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Você pode argumentar que é impossível ser santo e, ao mesmo tempo, cumprir todos os nossos deveres nesta vida: “Isto não pode ser feito”. Eu respondo: “Você está enganado”. Isto pode ser feito. Tendo Cristo ao nosso lado, nada é impossível.
Outros já fizeram isto. Davi, Obadias, Daniel e os servos da casa de Nero, todos estes são exemplos que comprovam isto.
Você pode argumentar: “Se nos tornássemos santos, seríamos diferentes das outras pessoas”. Eu res- pondo: “Sei muito bem disso. Mas é exatamente isso que você deve ser. Os verdadeiros servos de Cristo sempre foram diferentes do mundo que os cercava — uma nação santa, um povo peculiar. E você tem de ser assim, se deseja ser salvo!”
Você pode argumentar que a este custo poucos serão salvos. Eu respondo: “Eu sei disso. É exatamente sobre isso que nos fala o Sermão do Monte. O Senhor Jesus disse, há muitos séculos atrás: “Estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mt 7.14). Poucos serão salvos, porque poucos se dedicarão ao trabalho de buscar a salvação. Os homens não renunciarão aos prazeres do pecado, nem aos seus próprios caminhos, por um momento sequer.
Você pode argumentar que estas são palavras severas demais; o caminho é muito estreito. Eu respondo: “Eu sei disso; o Sermão do Monte o disse”. O Senhor Jesus o afirmou há muitos séculos atrás. Ele sempre disse que os homens tinham de tomar a sua cruz diariamente e mostrarem-se dispostos a cortarem suas mãos e seus pés, se quisessem ser discípulos dEle. No cristianismo acontece o mesmo que ocorre em outros aspectos da vida: sem perdas, não há ganhos. Aquilo que não nos custa nada também não vale nada.
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Ryle serviu por quase 40 anos como ministro do Evangelho. Foi um escritor prolífico, um pregador vigoroso e um pastor fiel. Muitas de suas obras têm sido reeditadas e servido como fonte de instrução e consolo para o povo de Deus. A Editora Fiel publicou algumas de suas obras em português: o clássico “Santidade”; “Uma palavra aos moços”; “Fé genuína” e os quatro volumes de meditações nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.
Fonte: Editora Fiel

18 comentários:

  1. Oi David, paz e graça sejam contigo!

    O texto é bom, e realmente só pela santidade poderemos ver a Deus, Ele não tem parte com o pecado.

    Mas vale lembrar que é o sangue do cordeiro que nos purifica de todo pecado. Estando debaixo deste sangue, então estaremos santificados diante de Deus.

    Um abraço, Deus te abençoe!

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  2. O rei David é um bom exemplo para vocês ?

    Um assassino autor de massacres em massa, assassinatos, fornicações e adultérios ?

    Ele até assassinou o mais leal oficial da sua guarda só para fornicar à vontade a víuva.

    E é isto que vai para o céu ?

    Porque não o Hitler ou um serial killer ?

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    1. Ele é um bom exemplo exatamente por causa da atitude que ele teve depois destas coisas, Pedro.

      Todo mundo erra, todo mundo peca. Então os bons exemplos são exatamente as pessoas que pecam e se arrependem, em vez de continuar a vida toda pecando. E Davi é um ótimo exemplo disso. Depois de ter cometido esses pecados terríveis, ele se arrependeu. Não escapou das consequências do pecado por causa disso, na verdade ele sofreu até o fim da vida por causa dos seus erros. Mas a história mostra claramente que ele se arrependeu e por isso foi perdoado, e por isso serve de exemplo para nós.

      Isso mostra que o que Deus exige de nós não é algo impossível. Os heróis da Bíblia não são heróis de papel, super-homens perfeitos que nunca erraram na vida. São pessoas de verdade, como eu e você, que cometeram erros, muitas vezes terríveis, mas que compreenderam que era errado e por isso mudaram de vida.

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    2. Só pra complementar, porque você citou o Hitler. Saiba que nem você nem eu somos melhores do que um Hitler.

      Deus é tão santo, que para ele uma pequena falha ou pecado, é tão ruim e grave quanto o maior dos pecados. Por isso todos os humanos, por menores que sejam suas falhas, mereceriam exatamente o mesmo destino de Hitler.

      Nada do que fazemos de bom é capaz de por si só compensar o que fazemos de mau, aos olhos de Deus. Por isso Deus veio, em forma de Jesus, oferecer uma forma de nos salvar de nossos próprios pecados. E isto tem a ver com arrependimento.

      Ao aceitarmos a mensagem de Jesus, e nos arrependermos de nossos pecados, Ele nos perdoa de tudo, ele apaga o nosso passado ("juridicamente" falando). Isto é chamado "graça". A salvação é um presente de Deus e de fato não a merecemos nem fazemos por merecer.

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    3. Você fala em arrependimento, mas a própria Bíblia incita ao crime.

      EXODUS 32:27 “Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu próximo. E os filhos de Levi fizeram conforme a palavra de Moisés; e caíram do povo aquele dia uns 3.000 homens.”


      Salmos 137:9 Feliz o homem que arrebentar os seus filhinhos de encontro às rochas.

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    4. Meu querido, não pegue versículos isolados pra achar que está provando alguma coisa. Isso é desonesto. Eu vou colar o contexto desses versículos aqui só para que você perceba a sua própria desonestidade.

      "Pôs-se em pé Moisés na porta do arraial e disse: Quem é do Senhor, venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi. E disse-lhes: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu vizinho."
      Êxodo 32:26,27


      Coloquei apenas o versículo anterior porque já dá pra entender uma coisa. Primeiro: o texto está falando com VOCÊ? Não, claro que não. O texto é MOISÉS falando com os FILHOS DE LEVI. Isto é uma história sendo contada, uma NARRAÇÃO. Não tem nenhum mandamento no texto. Por isso, não se trata de incitação à violência. Incitação é quando o texto está te pedindo para fazer alguma coisa. Mas o texto não tem nada a ver com você, é só uma história, um registro da história do povo de Israel.

      E se você ler o início do capítulo, vai entender por que aconteceu essa violência. O povo tinha cometido um pecado terrível. E a pena para aquele pecado era a morte. Você não pode olhar para esse texto com o contexto cultural e o senso moral de hoje, isso é um erro chamado anacronismo. Naquele tempo, as pessoas encaravam bem a pena de morte, era normal para elas. E talvez eles ainda não tivessem maturidade cultural para poder viver de outro jeito. Nós como humanidade demoramos séculos para amuadurecer e mudar nossos conceitos. E esse povo, de Israel, tinha passado 400 anos no Egito sofrendo como escravos. Eles não tinham praticamente nenhuma noção de justiça. Deus teve que ensinar tudo pra eles desde o início. E no início Deus foi bem rígido com eles, então tinha essas leis bem rígidas, assim como um pai é rígido com uma criança para que ela aprenda as coisas. Basicamente, é isso.

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    5. O texto de Salmos 137 é outra coisa bem diferente.Vou colocar ele todo pra você ler:

      "Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudade de Sião.
      Ali, nos salgueiros penduramos as nossas harpas;
      ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo: "Cantem para nós uma das canções de Sião! "
      Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira?
      Que a minha mão direita definhe, ó Jerusalém, se eu me esquecer de ti!
      Que a língua se me grude ao céu da boca, se eu não me lembrar de ti, e não considerar Jerusalém a minha maior alegria!
      Lembra-te, Senhor, dos edomitas e do que fizeram quando Jerusalém foi destruída, pois gritavam: "Arrasem-na! Arrasem-na até aos alicerces! "
      Ó cidade de Babilônia, destinada à destruição, feliz aquele que lhe retribuir o mal que você nos fez!
      Feliz aquele que pegar os seus filhos e os despedaçar contra a rocha!"


      Se você não percebeu, primeiro, o texto trata-se de um POEMA. Diferente do outro, que era uma narração. Então, pra começar, esse texto não está contando uma história. Está expressando um sentimento de quem escreveu.

      Em segundo lugar, a pessoa que escreveu esse texto está expressando os seus sentimentos, mas não quer dizer que esses sentimentos sejam bons. Olha o que ela escreve. O povo dela estava na Babilônia, uma terra estrangeira, porque os Babilônios destruíram as cidades de Israel e escravizaram o seu povo. Então, o salmista está expressando sua tristeza, mas também sua raiva e sentimento de vingança. É natural uma pessoa se sentir assim por causa do que aconteceu com ela (o que não quer dizer que é correto).

      Em terceiro lugar, quando você colocou o texto isolado, parecia que o texto se referia aos próprios filhos da pessoa. Mas se você ler o versículo anterior, dá pra ver claramente que o texto está falando dos filhos da Babilônia. Então o último versículo na verdade é o salmista desejando vingança, porque talvez os próprios filhos deles foram mortos pelos babilônios.

      Em quarto lugar, em nenhum lugar esse texto dá a entender que é um exemplo a ser seguido. É apenas um desabafo de alguém que está sofrendo e se sentindo injustiçado. Novamente não é nenhuma incitação de violência. E mesmo SE fosse, seria contra os babilônios, mas esse povo já está extinto, não existe mais.

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  3. “Estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mt 7.14).

    Esta é mais uma prova da falsidade da Bíblia e da religião cristã.

    Foi o própio deus que criou o homem naturalmente fraco, falível e indeciso.

    Foi também deus que criou as tendências humanas à violência ao prazer.

    Mas se o homem não conseguir superar as suas gigantescas limitações e fraquezas com que O PRÓPRIO deus o criou, condena-o á tortura eterna.





    Ao mesmo tempo, Deus, sabe-se lá porquê, faz depender a salvação da crença fanática na sua pessoa e nos seus preceitos.


    Mas, em vez de se mostrar a toda a gente e ser claro nos seus preceitos, faz uma espécie de jogo sádico, escondendo-se e deixando todos em dúvida acerca da sua existência e, se a existir, acerca de quem ele é e o que quer realmente.

    Ao mesmot tempo, ao invês de ser absolutamente claro em matéria de que ele próprio faz depender a salvação, baralha os seus ensinamentos com toda a espécie de simbolismos obscuros e contradições incoerentes, tornando-os passíveis das mais diversas dúvidas e interpretações contraditórias.



    Ou seja, é o próprio deus que assegura, logo à partida, que 99% da humanidade vá eternamente para o inferno.

    Ao mesmo tempo, o inferno, sendo tortura eterna, é uma barbaridade que só podia sair da mente de um louco sádico.

    É isto um pai amoroso ?

    Parece mais aqueles psicopatas que torturam os filhos até á morte.

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    1. "Foi o própio deus que criou o homem naturalmente fraco, falível e indeciso.
      Foi também deus que criou as tendências humanas à violência ao prazer."


      Não. Deus criou o homem moralmente neutro, e nós mesmos fomos nos degradando com o passar do tempo.

      "Mas se o homem não conseguir superar as suas gigantescas limitações e fraquezas com que O PRÓPRIO deus o criou, condena-o á tortura eterna."

      Apesar de as limitações serem grandes, elas não são impossíveis de serem superadas. Na maior parte das vezes, trata-se apenas de vencer o próprio orgulho. Porque parece que as pessoas querem ser independentes, fazer o que quiserem sem querer saber das consequências. Querem existir num mundo criado por Deus e com as regras dele, mas à sua própria maneira.

      Apesar de você encarar o inferno como uma tortura eterna, eu vejo de uma maneira um pouco diferente. Veja, sendo as pessoas orgulhosas como eu acabei de descrever, o que Deus faz no final é simplesmente atender ao pedido delas. Você quer viver do seu jeito? Ignorar a Deus e a tudo que Ele representa? Então, que seja. O inferno é isso. É o ser humano vivendo eternamente longe de Deus. E longe de Deus significa também longe de tudo que Ele representa: amor, luz, bondade, justiça, etc. Eu também penso que o inferno não é muito diferente do que a boa parte das pessoas está vivendo hoje em dia: muitas pessoas vivem como se Deus não existisse. E por isso, acabam atraindo sofrimento para si mesmas, muitas vezes. Daí, num exercício de hipocrisia, culpam a Deus por sua situação. Pessoas desse tipo vão se sentir à vontade no inferno, infelizmente.

      "Ao mesmo tempo, Deus, sabe-se lá porquê, faz depender a salvação da crença fanática na sua pessoa e nos seus preceitos."

      O que você está chamando de "fanático"? É uma palavra pejorativa, que está sendo usada desonestamente. Eu diria que é uma crença sincera, uma crença ativa, e não uma crença "fanática". A crença verdadeira em Deus vem da própria experiência pessoal com Deus. Essa experiência algumas vezes é tão forte, que seria loucura a pessoa negar Deus dado que já o experimentou.

      "Mas, em vez de se mostrar a toda a gente e ser claro nos seus preceitos, faz uma espécie de jogo sádico, escondendo-se e deixando todos em dúvida acerca da sua existência e, se a existir, acerca de quem ele é e o que quer realmente. (...) Ou seja, é o próprio deus que assegura, logo à partida, que 99% da humanidade vá eternamente para o inferno."

      A grande maioria das pessoas encara o conceito de Deus como algo natural e auto-evidente. Ao mesmo tempo, todos temos uma consciência interna de o que é certo e errado. Apenas estas duas coisas são suficientes para possibilitar a pessoa o acesso a Ele. Existe uma minoria de pessoas, tais como eu e você, que são mais críticos e precisam de argumentos para serem convencidos. Estes argumentos existem e estão amplamente disponíveis. No meu outro blog falo um pouco sobre eles.

      Você não precisa pensar no resto da humanidade, pois cada um dará conta de si próprio para Deus no grande Dia do Juízo, e lá cada um poderá argumentar se teve evidência suficiente ou não da sua própria consciência. Mas pense apenas em você mesmo. Você realmente acredita em tudo isso que acabou de me falar? Porque todo esse ódio e peso nas palavras contra Deus? Será que, como o texto mesmo acabou de dizer, você não está projetando uma certa raiva interna, que é produto do seu próprio orgulho e de não admitir que exista um Ser superior ditando as regras? Será que não estás lutando contra a sua própria consciência? Isto é o que eu quis despertar neste texto. Diferente do outro, este blog é para Reflexões e não para argumentos.

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  4. "Não. Deus criou o homem moralmente neutro, e nós mesmos fomos nos degradando com o passar do tempo."

    Moralmente neutro quer dizer sem moral.

    Precisamente.

    Mas é mentira que se tenha degradado com o tempo.

    Está cientificamente provado que o homem era tão ou mais agressivo na pré-história do que é agora.

    Está também provado que a agressividade é uma função natural, biológica, em todos os seres. É um impulso natural gravado nos nossos genes, não sendo de modo nenhum culpa do portador. Matar para caçar, para defender território ou conquistar status está gravado nos nossos genes. O culpado seria quem criou o homem assim.

    Para se tornar bom, o homem tem de CONTRARIAR a natureza com que o seu suposto deus o criou.

    Quando se culpa um criminoso, culpa-se por não saber ou não querer contrariar os seus instintos naturais. Logo, o maior criminoso seria quem lhe inculcou esses instintos naturais agressivos.



    "Apesar de as limitações serem grandes, elas não são impossíveis de serem superadas."

    Foi o que eu disse. Uns 1% conseguirão superá-las.

    Entretanto, continua a ser sadismo demente criar seres com todas essas limitações, fazendo condição de salvação ultrapassar essas mesmas limitações, que deus criou de PROPÓSITO.

    É que se fosse mesmo de propósito para condenar a amior parte ao inferno, não teria procedido de outra forma. Isto não coisa de "pai", a não ser aqueles pais que estão presos por maltratar os filhos.


    "Daí, num exercício de hipocrisia, culpam a Deus por sua situação. "

    É culpa das pessoas um terremoto ou uma peste ? Deus cria tudo, incluindo a peste e os teremotos, mas não é culpado do sofrimento que causam ?

    O cristianismo parece mais um exercício gigantesco de puxa-saco ao chefe.

    Parece aquela anedota de rico quando corre está a fazer jogging...


    "Apesar de você encarar o inferno como uma tortura eterna,"

    Eu ? Todas as igrejas cristãs é que apresentam o inferno, não como um lugar onde se pode viver à vontade, sem deus, como você diz, mas como um lugar de CASTIGO, onde o demónio tortura as pessoas com fogo etc.

    Aliás, só por dizer isso, há dois séculos atrás você seria queimado vivo pela inquisição e pela maioria das igrejas cristãs.



    "Porque todo esse ódio e peso nas palavras contra Deus? "

    Porque, se deus fosse como vocês dizem, seria necessariamente um ser odioso.

    O que não quer dizer que eu acredite que ele seja assim.

    De facto não faço a mínima ideia se existe algum deus. Simplesmente sei que a vossa representação de deus é mais a de um feroz ídolo tribal da idade do bronze, conforme descrito na bíblia, do que a de um ser perfeito.

    O meu "ódio" é apenas o desmascarar de proposições odiosas pelas quais vocês mataram muita gente no passado.

    Uso exatamente o mesmo tom quando falo com comunistas, fascistas ou neoliberais.



    Mas admito que me sinto pessoalmente visado por vocês, porque sei que, nos tempos em que vocês detinham o poder, uma pessoa como eu seria torturada até á morte em praça pública apenas por não acreditar na vossa mitologia.

    A praça principal da minha cidade era onde a igreja torturava e queimava vivas pessoas como eu.

    Sempre que lá passo não posso esquecer isso.

    E mesmo hoje sofremos com o vosso obscurantismo. Por exemplo, a maioria das igrejas apoia as forças neoliberais que dominam hoje o mundo, sendo co-responsáveis pelo capitalismo selvagem que atira os povos na miséria.

    Por exemplo, Tatcher, Reagan, Bush, que iniciaram a destruição do estado previdência na Europa e EUA foram apoiados por igrejas, a começar pela católica.

    Do mesmo modo, não se vê o que o mundo ganha com perseguir homosexuais, fazer campanha contra preservativo em plena pandemia de AIDS etc etc etc. Ou até deixar os filhos morrer por falta de tratamento médico, como certas igrejas cristãns fazem, pregando contra vacinas, transfusões etc.

    Tudo isso é fanatismo ao nível do estado islãmico.

    Tudo isso



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    1. "Está cientificamente provado que o homem era tão ou mais agressivo na pré-história do que é agora."

      Eu não estava falando de agressividade. Estava falando de senso moral. Quando os primeiros seres humanos conscientes apareceram (Adão e Eva, você sabe a história né?), eles não tinham inclinação para o mal. Essa inclinação foi aumentando rapidamente com o pecado, tanto que alguns séculos depois da criação o ser humano já era tão mau quanto é hoje. Assim nem daria pra arqueologia notar essa mudança.

      "Para se tornar bom, o homem tem de CONTRARIAR a natureza com que o seu suposto deus o criou."

      Mas eu acabei de dizer que Deus criou o homem moralmente neutro! Foi o homem que escolheu o mau, e cada vez que escolhe o mau, se torna mais propenso a ele.

      "Entretanto, continua a ser sadismo demente criar seres com todas essas limitações, fazendo condição de salvação ultrapassar essas mesmas limitações, que deus criou de PROPÓSITO.

      É que se fosse mesmo de propósito para condenar a amior parte ao inferno, não teria procedido de outra forma. Isto não coisa de "pai", a não ser aqueles pais que estão presos por maltratar os filhos."


      Meu caro, em primeiro lugar, nem todos são filhos de Deus. A Bíblia só chama de filhos de Deus aqueles que são salvos. Em segundo lugar, Deus não "condena" as pessoas ao inferno. As pessoas é que se auto-condenam ao cometerem pecados e negarem o arrependimento. Em terceiro lugar, as pessoas possuem limitações, mas nenhuma pessoa é obrigada a cometer o mal. Todo mundo possui capacidade de escolher. Todo mundo possui consciência. Ninguém é indesculpável.

      "É culpa das pessoas um terremoto ou uma peste ? Deus cria tudo, incluindo a peste e os teremotos, mas não é culpado do sofrimento que causam?"

      Não sei se é culpa das pessoas. Pode ser que Deus cause essas coisas como alguma forma de castigo, não sei. Enfim, nem tem como saber então não dá pra dizer nada.

      "Eu ? Todas as igrejas cristãs é que apresentam o inferno, não como um lugar onde se pode viver à vontade, sem deus, como você diz, mas como um lugar de CASTIGO, onde o demónio tortura as pessoas com fogo etc."

      Nenhuma igreja cristã ensina isso que você falou. Prove, mostre algum versículo da Bíblia ou algum texto oficial da Igreja que diga que no inferno os demônios torturam as pessoas com fogo. Não existe isso. O que a Bíblia diz é que os próprios demônios também serão castigados no inferno.

      E o que eu disse não foi que no inferno as pessoas poderão viver à vontade. Eu disse que no inferno as pessoas vão estar ali pra sempre, e longe de Deus. Isso por si só é um castigo. Mas não quer dizer que as pessoas não vão querer esse castigo. Porque as pessoas que vão pro inferno, vão porque QUEREM viver longe de Deus. Elas vão sofrer eternamente por isso, mas mesmo assim elas querem, porque foram consumidas pelo orgulho e pelo egoísmo. E quanto mais tempo passarem lá, mais vão querer, mesmo sofrendo, porque sem Deus tudo que resta é o ego delas.


      "Aliás, só por dizer isso, há dois séculos atrás você seria queimado vivo pela inquisição e pela maioria das igrejas cristãs."

      Eu não disse nada que contrariasse o ensino cristão tradicional, você que apenas não entendeu.

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    2. "Mas admito que me sinto pessoalmente visado por vocês, porque sei que, nos tempos em que vocês detinham o poder, uma pessoa como eu seria torturada até á morte em praça pública apenas por não acreditar na vossa mitologia."

      Isso não é verdade, é um mito que acabou entrando para os livros de história. Ateus e pessoas de outras religiões não eram condenados pela Inquisição. A Inquisição julgava crimes contra a Igreja, e só pode cometer um crime contra a Igreja quem ERA da Igreja, ou seja, os cristãos.

      Além disso a Inquisição era o tribunal, não o carrasco. Ela julgava e sentenciava, não executava. Não havia os métodos de tortura que as pessoas tanto falam. Alguns desses métodos eram utilizados nos tribunais dos Reis, mas não nos da Igreja. E outros métodos nem existiam, foram apenas invenções posteriores para desmoralizar a Igreja.

      Só para você ter uma noção, alguns dados históricos: A Inquisição na Espanha celebrou, entre 1540 e 1700, 44.674 juízos. Os acusados condenados à morte foram APENAS 1,8% (804) e, destes, 1,7% (APENAS 13) foram condenados em “contumácia”, ou seja, pessoas de paradeiro desconhecido ou mortos que em seu lugar se queimavam ou enforcavam bonecos.”

      Sobre as famosas “caças às bruxas”: Dos 125.000 processos de sua historia, a Inquisição espanhola condenou a morte 59 “bruxas”. Na Itália. 36 e em Portugal APENAS 4.

      "Do mesmo modo, não se vê o que o mundo ganha com perseguir homosexuais, fazer campanha contra preservativo em plena pandemia de AIDS etc etc etc. Ou até deixar os filhos morrer por falta de tratamento médico, como certas igrejas cristãns fazem, pregando contra vacinas, transfusões etc."

      Nenhuma igreja cristã persegue homossexuais. Acreditamos que o ato homossexual é pecado, mas ninguém proibe as pessoas de fazer isso. Os cristãos são tolerantes. Agora, se você for ver os islâmicos, eles condenam homossexuais à morte, e fazem isso até hoje.

      As campanhas contra preservativo na verdade são contra o sexo livre. Acreditamos no sexo apenas dentro do casamento. Mas sinceramente eu não estou nem aí para como as pessoas fazem sexo fora do cristianismo, ninguém é obrigado a seguir os nossos padrões. A não ser que a pessoa os aceite voluntariamente.

      E sobre vacinas e transfusões é um número mínimo (uns 2 ou 3) grupos que se dizem cristãos que fazem isso, e eles não são considerados corretos pelo resto dos cristãos.

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  5. "Isso não é verdade, é um mito que acabou entrando para os livros de história. Ateus e pessoas de outras religiões não eram condenados pela Inquisição. A Inquisição julgava crimes contra a Igreja, e só pode cometer um crime contra a Igreja quem ERA da Igreja, ou seja, os cristãos."



    Estamos a entrar no campo do revisionismo histórico.

    Então você não sabe que os judeus foram OBRIGADOS a converter-se, sob pena de morte na península ibérica ?

    Depois, claro, TODOS ficavam sob a alçada da inquisição.

    Portanto, você acha muito tolerante obrigar uma comunidade a converter-se, sob ameaça de morte.

    E depois UPS, ficam todos sob alçada do tribunal da igreja.

    Mas que bonzinhos que vocês são.

    O mesmo para os ateus. Como toda a gente era baptizada, ficavam sob a alçada da inquisição.

    E se alguém não baptizasse o filho, obviamente que ficaria também sob a alçada da igreja.

    Porque, como você diz, a inquisição "apenas" tinha alçada sobre os cristãos. O pequeno pormenor de que, na península e seus domínios e em muitos outros sitíos, todos eram OBRIGADOS a ser cristãos passa-lhe completamente à parte.

    E não sabe que os tribunais da inquisição julgavam casos de homosexualidade ?

    A inquisição até perseguia os cristãos não católicos. Você não sabe isso ?

    Se você dissesse algo que saisse do ensinamento católico da época estava sujeito a ser queimado vivo. Também não sabia ?

    Gostava de o ver em 1600, dizer que o inferno não é um lugar de tortura pelo fogo...

    Quanto a não ser usada tortura na inquisição é simplesmente MENTIRA sua, existem até os regulamentos da igreja sobre a utilização da tortura nos seus tribunais. A maioria das confissões era obtida sob tortura.


    Quanto aos números, acho enternecedor que você ache que, só em Espanha, 125.000 pessoas terem sido presas, torturadas e a maior parte condenadas a prisão, confisco de bens - o que condenava os próprios e famílias à miséria - e torturas várias que davam pelo nome de "penitências", entre eles 804 condenados a ser queimados vivos em praça pública, tudo isso apenas por não acreditar em tudo o que vocês dizem, é uma prova de TOLERÂNCIA da igreja.

    Quer dizer, por você até podia ter sido mais, porque foi muito pouco !

    Estou a ver o que vocês farão se voltarem ao poder...

    E, claro, a inquisição não foi o único crime dos católicos. Existem centenas de pogroms, guerras, cruzadas, repressão religiosa exercida pelos reis católicos etc.

    Só no pogrom de Lisboa, efetuado por multidões de bons católicos que, como você, achavam as autoridades demasiado brandas para os judeus, cerca de 2000 a 4000 pessoas foram torturadas e mortas. Incluindo mulheres e crianças.



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  6. Vejamos a extrema tolerância do bom povo cristão no pogrom de Lisboa.

    "No mosteiro de São Domingos existe uma capela, chamada de Jesus, e nela há um Crucifixo, em que foi então visto um sinal, a que deram foros de milagre, embora os que se encontravam na igreja julgassem o contrário. Destes, um Cristão-novo (julgou ver, somente), uma candeia acesa ao lado da imagem de Jesus. Ouvindo isto, alguns homens de baixa condição arrastaram-no pelos cabelos, para fora da igreja, e mataram-no e queimaram logo o corpo no Rossio.

    Ao alvoroço acudiu muito povo a quem um frade dirigiu uma pregação incitando contra os Cristãos-novos, após o que saíram dois frades do mosteiro com um crucifixo nas mãos e gritando: “Heresia! Heresia!” Isto impressionou grande multidão de gente estrangeira, marinheiros de naus vindos da Holanda, Zelândia, Alemanha e outras paragens. Juntos mais de quinhentos, começaram a matar os Cristãos-novos que encontravam pelas ruas, e os corpos, mortos ou meio-vivos, queimavam-nos em fogueiras que acendiam na ribeira (do Tejo) e no Rossio. Na tarefa ajudavam-nos escravos e moços portugueses que, com grande diligência, acarretavam lenha e outros materiais para acender o fogo. E, nesse Domingo de Pascoela, mataram mais de quinhentas pessoas.

    A esta turba de maus homens e de frades que, sem temor de Deus, andavam pelas ruas concitando o povo a tamanha crueldade, juntaram-se mais de mil homens (de Lisboa) da qualidade (social)dos (marinheiros estrangeiros), os quais, na Segunda-feira, continuaram esta maldade com maior crueza. E, por já nas ruas não acharem Cristãos-novos, foram assaltar as casas onde viviam e arrastavam-nos para as ruas, com os filhos, mulheres e filhas, e lançavam-nos de mistura, vivos e mortos, nas fogueiras, sem piedade. E era tamanha a crueldade que até executavam os meninos e (as próprias) crianças de berço, fendendo-os em pedaços ou esborrachando-os de arremesso contra as paredes. E não esqueciam de lhes saquear as casas e de roubar todo o ouro, prata e enxovais que achavam. E chegou-se a tal dissolução que (até) das (próprias) igrejas arrancavam homens, mulheres, moços e moças inocentes, despegando-os dos Sacrários, e das imagens de Nosso Senhor, de Nossa Senhora e de outros santos, a que o medo da morte os havia abraçado, e dali os arrancavam, matando-os e queimando-os fanaticamente sem temor de Deus."

    Para si, caro David, acho que tudo isto deve ter sido pouco.

    E onde terão eles ido buscar estas ideias homicidas ?

    Consultemos a santa Bíblia.

    Ezequiel 9:
    5/6 Ouvi o Senhor dizer para os outros: “Sigam através da cidade e matem todos os que não trazem o sinal nas frontes. Não os poupem, não tenham piedade deles — matem-nos a todos, velhos e novos, moças, mulheres, crianças; mas não toquem em ninguém que traga o sinal. Comecem já por aqui, no templo.” E começaram por matar os setenta anciãos.



    Existem CENTENAS de textos destes na bíblia.

    Ainda tem a falta de vergonha de dizer que a Bíblia não incita à violência ?

    Ou acha que foi pouco ?



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  7. "As campanhas contra preservativo na verdade são contra o sexo livre. Acreditamos no sexo apenas dentro do casamento. Mas sinceramente eu não estou nem aí para como as pessoas fazem sexo fora do cristianismo, ninguém é obrigado a seguir os nossos padrões. A não ser que a pessoa os aceite voluntariamente."


    Isso é MENTIRA sua.

    A igreja católica condena o uso de preservativo mesmo pelos casados.

    Só permite o método do "calendário".

    Se fossem apenas contra o sexo livre, simplesmente nem precisavam de falar contra o preservativo.

    Falava simplesmente contra o sexo livre não é ?



    "Mas sinceramente eu não estou nem aí para como as pessoas fazem sexo fora do cristianismo, ninguém é obrigado a seguir os nossos padrões. A não ser que a pessoa os aceite voluntariamente."

    Outra MENTIRA sua.

    A igreja já várias vezes se opôs a distribuição de preservativos e até a educação sexual ao público em geral e não apenas aos seus seguidores.

    Isto é, a igreja tenta que pessoas como eu, que não tenho nada a ver com os vossos tabus e superstições, não tenham acesso a preservativos e educação sexual.

    Se vocês querem viver na idade média, acho muito bem. O problema começa quando tentam impor o vosso medievalismo aos outros.


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  8. "Deus não "condena" as pessoas ao inferno. "

    Então cristo é mentiroso ?


    Mateus 13

    40 Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. 41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniquidade. 42 E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes. 43 Então, os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.


    Cristo diz que os pecadores serão LANÇADOS PELOS ANJOS NUMA FORNALHA DE FOGO.

    Não diz que eles é que vão para lá porque querem e muito menos que não há fogo nenhum.

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  9. - "Nenhuma igreja cristã ensina isso que você falou. Prove, mostre algum versículo da Bíblia ou algum texto oficial da Igreja que diga que no inferno os demônios torturam as pessoas com fogo. Não existe isso. O que a Bíblia diz é que os próprios demônios também serão castigados no inferno."

    ????????

    O inferno de fogo é o ensinamento tradicional da maioria das igrejas cristãs.

    Não me diga que não conhece !!!!!!




    Mateus 13

    40 Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniquidade. 42 E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

    Apocalipse 20:15

    "E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no LAGO DE FOGO."


    Mateus 25:41

    "Apartai-vos de mim, malditos, para o FOGO eterno

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  10. "sobre as famosas “caças às bruxas”: Dos 125.000 processos de sua historia, a Inquisição espanhola condenou a morte 59 “bruxas”. Na Itália. 36 e em Portugal APENAS 4."

    Para mim, torturar e queimar vivas mais de cem pessoas por um crime imaginário já é obsceno.

    Mas, como para você é pouco, eu salvo a honra da sua igreja.

    Acontece que a inquisição espanhola ou italiana não foram as únicas autoras de perseguições.

    As perseguições existem desde que o império romano se converteu e até em áreas que entretanto se tornaram protestantes e mesmo nas áreas cobertas pela inquisição houve bispos, reis e populares que fizeram julgamentos próprios, que não entram no rol da inquisição.

    Assim, é verdade que nos países que indicou, a inquisição "só" torturou até à morte umas cem pessoas por esse crime fictício.

    É verdade que a inquisição nesses países tinha outras prioridades. é preciso ir ao centro da Europa para a igreja ter número mais do seu agrado.

    Assim, só nos julgamentos feitos pelo Bispo de Bamberg, à margem da inquisição central, cerca de 300 a 600 pessoas foram queimadas vivas.



    "The Bamberg witch trials, which took place in Bamberg in Germany in 1626–1631, are among the more famous cases in European witchcraft history. They resulted in the executions of between 300 and 600 people, and were some of the greatest witch trials in history, as well as some of the greatest executions in the Thirty Years' War.

    The Bamberg witch trials erupted during a period of a series of mass witch trials in the area of Southern Germany, contemporary with the Würzburg witch trials and others. The witch craze of the 1620s was not confined to Germany, but influenced Alsace, Lorraine and Franche-Comté: in the lands of the abbey of Luxueil the years 1628–30 have been described as an épidémie démoniaque.

    The area had been devastated by war and conflicts within the Holy Roman Empire, as well as a series of crop failures, famines and plagues. Rather than blaming the politicians, people looked for supernatural explanations, and accusations of witchcraft proliferated. Bamberg at the time was a small state ruled by the Prince-Bishop Johann Georg Fuchs von Dornheim, who took a leading role in the persecutions: he earned the nickname Hexenbischof or "Witch-bishop." He was aided by Bishop Forner, who wrote a book on the subject. The prince bishop built a "witch-house," complete with torture-chamber adorned with appropriate biblical texts. The Bamberg witch trials have been described as possibly the worst of the period.

    The bishop's chancellor, Dr. Haan, was burnt for showing suspicious leniency as a judge. He confessed to having seen five burgomasters of Bamberg at the sabbat, and they too were duly burnt: one of them was Johannes Junius, whose testimony of the torture he was exposed to became famous."


    Ainda acha pouco ?

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